Chegamos a um dos temas mais culminantes da santificação
do leigo por meio da família cristã. A educação cristã dos filhos é de
importância tão capital e decisiva no seio do lar e em toda a sociedade
humana que, sem ela, seria totalmente impossível não só a santificação
dos pais, que deixariam de cumprir um de seus mais graves deveres, senão
também a de seus filhos e, por consequência, a da sociedade humana em
geral, já que essa sociedade não é, em definitivo, senão o resultado do
agrupamento orgânico de todos os seus membros componentes.
Como já indicamos em outra parte, sem a educação cristã
dos filhos, a vinda ao mundo destes, mais que um feliz acontecimento e
uma benção de Deus, haveria que considerá-la como uma verdadeira
desgraça e o começo de sua desventura eterna: «Melhor seria para esse
homem não ter nascido», disse o próprio Cristo sobre o traidor Judas
(cf. Mc 14,21). Por isso a Igreja, nossa mãe, perfeitamente consciente
dessa gravíssima obrigação dos pais, declara reiteradamente que «a
geração e a educação da prole é o fim primário do matrimônio» (cn. 1013,
I.º). Não basta, pois, para cumprir o fim primário, a mera geração dos
filhos: é preciso, ademais, educá-los cristãmente para lhes assegurar a
sua felicidade temporal e eterna, como filhos de Deus que são.