SinopseA Era Vargas
Neste momento em que o país volta a ter esperança na retomada do desenvolvimento, é alentador pensar em Vargas, personagem que continua bem vivo no imaginário do brasileiro, mesmo após quase 60 anos do desfecho dramático de seu último governo. O presidente que governou o Brasil por mais tempo e deixou o poder da forma mais trágica, ao suicidar-se, em 1954, é retratado nesta obra – uma bem urdida reunião de ensaios – através de diferentes pontos de vista. Ao longo de seus vários capítulos, o livro reaviva nuances esmaecidas da época do governante, de suas realizações e personalidade, por meio tanto das apologias que ajudaram a construir sua imagem quanto das narrativas que buscaram detratá-lo. Para os organizadores da obra, as gerações seguintes se acostumaram a olhar para a “Era Vargas” sob a perspectiva do presente, avaliando a atualidade ou não de seu legado. Mas, ao pensar esse presente, continuaram voltando-se para aquele passado, cuja herança se materializou em instituições e projetos que extrapolaram o contexto em que emergiram. A permanência da presença de Vargas e de suas realizações na vida política e social do país é incontestável. Assim como a bipolaridade das opiniões sobre o governante e seu legado, invariavelmente carregadas de rejeição ou de elogios acalorados, como demonstram inúmeros exemplos. Quase 10 anos após sua morte, editorial do jornal O Estado de S. Paulo afirmava, saudando o golpe de 1964, que finalmente a herança varguista seria sepultada. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso propôs-se o desafio de finalmente superar a “Era Vargas”. Em 2004, muitos vislumbraram na morte de Leonel Brizola o último suspiro do varguismo. O fato é que o legado de Vargas é inseparável das instituições que ajudaram a direcionar o desenvolvimento econômico do país. E ultrapassa largamente a herança simbólica de sua morte trágica. Basta lembrar, em especial, os programas e projetos lançados durante seu último governo – continuados sob Juscelino Kubitschek –, como Petrobras, Eletrobrás, BNDES, Banco do Nordeste do Brasil e Capes (atual Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior e antiga Companhia de Aperfeiçoamento de Pessoal de NívelSuperior), entre inúmeros outros. E daqueles criados em seu primeiro governo, reforçados ao longo do último, como as empresas Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Hidrelétrica do São Francisco, ao lado do DNER e do Fundo Rodoviário, para citar alguns.
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