SinopseDiário de um Homem Supérfluo
Publicado em 1850, o Diário de um homem supérfluo, de Ivan Turguêniev (1818-1883), ocupa um lugar de destaque na história da literatura. É nele que pela primeira vez o termo lichnii, "supérfluo", foi usado para designar um dos tipos mais característicos da grande prosa russa do século XIX - o "homem supérfluo". Se tal figura já possuía antecedentes em obras de outros autores, é com Turguêniev que ele alcança sua formulação psicológica mais aguda.
O escritor tinha a incrível capacidade de perceber as forças sociais em movimento na sua época e dar-lhes representação literária precisa. Nesta novela, que tem a forma de um diário íntimo, um jovem à beira da morte reflete sobre a sua infeliz paixão por Liza, filha de um proprietário de terras na província, e sobre seu sentimento de desajuste com a vida, próprio da geração que cresceu sob o regime repressivo do tsar Nicolau I. Por meio de suas confissões, o leitor tem acesso a um vívido retrato da sociedade russa do século XIX.
A prosa sensível e cuidada de Ivan Turguêniev ganha uma versão à altura na tradução atenta e rigorosa de Samuel Junqueira, que assina também o posfácio desta edição, no qual esclarece a importância desta obra-chave da literatura russa, agora pela primeira vez publicada no Brasil.
Sobre o autor
Ivan Turguêniev nasceu em 1818, em Oriol, na Rússia. De família aristocrática, viveu até os nove anos na propriedade dos pais, Spásskoie, e em seguida estudou em Moscou e São Petersburgo. Em 1838, mudou-se para Berlim, onde frequentou cursos de filosofia, letras clássicas e história. Em 1843, conheceu o grande crítico literário Bielínski. Influenciado por suas ideias, Turguêniev começou então a publicar contos inspirados pela estética da Escola Natural, depois reunidos em Memórias de um caçador (1852), coletânea que obteve enorme sucesso na Rússia e na Europa. Na época, conheceu a cantora de ópera Pauline Viardot, casada com o diretor de teatro Louis Viardot; mais tarde, mudou-se para a casa dos Viardot em Paris. Durante sua permanência na França, tornou-se amigo de escritores como Flaubert e Zola. Nos anos 1850 escreveu diversas obras em prosa, entre elas Diário de um homem supérfluo (1850), Ássia (1858) e Ninho de fidalgos (1859). Lançou seu primeiro romance, Rúdin, em 1856. Em 1860 escreveu a novela Primeiro amor e, dois anos depois, publicou Pais e filhos (1862), romance considerado hoje um dos clássicos da literatura mundial. Abalado pela polêmica que a obra suscitou na Rússia - acusada de incitar o niilismo -, o autor se estabeleceu definitivamente na França. Consagrado como um dos maiores escritores russos, ao lado de Dostoiévski e Tolstói, e autor de vasta obra que inclui teatro, poesia, contos e romances, Ivan Turguêniev faleceu na cidade de Bougival, próxima a Paris, em 1883.
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