SinopseO Lula tá preso, babaca
"Os fotógrafos e cinegrafistas já não nos seguiam, uma vez que não podiam ultrapassar os muros da fortaleza, e talvez por isso eu não tenha me sentido desconfortável quando o japonês desceu e ordenou para que o seguisse até a sala onde eu faria o exame de corpo de delito. Assinei uns papéis e fui encaminhado para o pavilhão na companhia de dois agentes penitenciários, um dos quais portava uma arma longa e seguia alguns passos à nossa frente. Me preparei para ouvir insultos e vaias ao cruzar os corredores, como nos filmes, mas foi até decepcionante cruzar por entre as celas vazias. - Este pavilhão aqui é do pessoal da evasão de divisas. No final ficam as celas do pessoal do peculato e da corrupção passiva. Uma parte está no banho de sol e a outra está recebendo visita íntima - disse o agente.Entramos noutro pavilhão e vários rostos se encostaram nas grades após ouvirem o som metálico do cadeado se abrindo.- Bem-vindo, excelência - gritou um gaiato, despertando algumas risadas e outros o arremedaram ao longo do meu trajeto: "Bem-vindo, excelência".Um mal cheiro de fezes, misturado com roupa suja, comida azeda e sabão em pó me entupiu as narinas, mas quanto mais eu entrava no corredor, mais me habituava ao fedor, convencendo a mim mesmo, ainda que não de forma consciente, que eu não tardaria a me integrar por completo àquela comunidade de encarcerados, onde vigora a lei do Capeta."
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