SinopseTeoria da linguagem
“Esta Teoria da linguagem de Karl Bühler é talvez o livro mais rico, original e preciso que já se escreveu sobre o tema. Seu principal acerto é o nível em que o toma, e que lhe permite aproveitar igualmente os resultados minuciosos e exatos da lingüística, da psicologia — da qual é mestre —, que acabava de dar passos decisivos e fecundos, e da filosofia mais recente, em especial a fenomenologia de Husserl.
Com esses recursos e extremada perspicácia, Bühler adentra na ‘selva selvaggia’ da linguagem, e experimenta vê-la sob uma inusitada multiplicidade de pontos de vista, o que constitui a característica mais fecunda de sua investigação. Ao terminar o livro que o leitor tem nas mãos, Bühler deixou o tema da linguagem, em sua totalidade, muito além de onde o havia encontrado. ⠀
Isso faz com que poucas leituras tenham o mesmo atrativo intelectual deste livro. Suas evidentes dificuldades são compensadas pela riqueza de suas incitações e pela fruição que produz a apropriação de tamanha extensão da realidade humana.
O método de Bühler, que consiste em considerar seu tema desde perspectivas muito diversas, faz com que suas averiguações tenham ressonâncias imediatas que transcendem o campo lingüístico para afetar em sua integridade o modo de ser do humano”.
— Julián Marías, 1950
SOBRE O AUTOR
KARL LUDWIG BÜHLER (1879–1963) nasceu em Meckesheim, na Alemanha. Doutorou-se em medicina em Friburgo em 1903, e em filosofia em Estrasburgo em 1905; estudou psicologia também em Berlim e em Bonn, e de 1913 a 1918 trabalhou como professor associado em Munique.
Durante a Primeira Guerra trabalhou como médico, e casou-se com Charlotte Bühler, aluna de Husserl que mais tarde fundaria a “psicologia do desenvolvimento”. Entre 1918 e 1922 lecionou filosofia e pedagogia em Dresden, e depois tornou-se professor de psicologia da Universidade de Viena, e membro do Círculo de Viena. Suas teorias sobre a evolução intelectual da criança inspiraram a reforma educacional na Áustria. Com a ascensão dos nazistas, partiu para os EUA: até o fim da guerra foi professor em Minnesota, e em seguida, até aposentar-se em 1955, professor de psiquiatria na Universidade do Sul da Califórnia.
Em sua obra, Bühler concebe a linguagem como um instrumento, um ‘órganon’ que liga o falante, o interlocutor e a realidade de que se fala, por meio de suas três funções — expressiva, apelativa e representativa —, e discute com outras figuras importantes como Wilhelm von Humboldt, Hermann Paul, Ferdinand de Saussure e Edmund Husserl.
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